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Resumo de Deixamos Tudo para Segui-lo: A Urgência da Missão e o Custo do Discipulado

  • Pr. José Eduardo
  • 24 de nov.
  • 4 min de leitura

Autor: Pastor José Eduardo (Missionário entre os Kalungas)

Data: 23 de novembro de 2025

Local: Igreja Presbiteriana Novo Horizonte (IPNH)


Assista o culto completo em nosso canal do Youtube.




É com imensa alegria e gratidão que retorno à Igreja Presbiteriana Novo Horizonte. Esta igreja tem um significado profundo na minha história: cheguei aqui aos 17 anos, fui instruído, admoestado e despertado para a obra missionária. Aqui servi com a UPA, a Mocidade e como pastor auxiliar em duas ocasiões (2012-2016 e 2021-2023).

Hoje, junto com minha esposa Saley e nossas filhas, servimos ao Senhor no campo missionário entre os Kalungas (Quilombolas) no nordeste goiano e sudeste tocantinense, após 14 anos de trabalho no Amazonas.

Gostaria de compartilhar com a igreja algumas reflexões sobre a responsabilidade da pregação do Evangelho e o verdadeiro custo de seguir a Cristo, baseando-me em Mateus 19:27.


1. As Quatro Facetas da Evangelização


Ao olharmos para a nossa responsabilidade de pregar o Evangelho, destaco quatro particularidades essenciais:

  • A Urgência: O tempo é hoje. Recentemente, ao visitar a comunidade do Mimoso, percebi que de um grupo de 12 crianças que acompanhávamos, restaram apenas duas; as outras se dispersaram. As crianças são acessíveis e predispostas, mas crescem rápido em contextos de vulnerabilidade. Não podemos perder a oportunidade.

  • A Oportunidade: Não é apenas tarefa do pastor ou missionário. No trabalho, na escola ou na rua, a oportunidade de compartilhar Cristo aparece e exige de nós prontidão.

  • A Imparcialidade: O Evangelho não faz acepção de pessoas. Confesso minha frustração ao saber que moradores de uma região chamada "Forte" ouviram falar de mim, mas eu nunca tinha ido até eles. Todos são dignos de ouvir a Palavra.

  • A Constância: A parábola do semeador nos ensina a semear abundantemente. Mesmo que o resultado demore ou pareça pequeno, nossa missão é sermos incessantes. O Senhor não nos pede mais do que temos, mas pede tudo o que temos.


2. Lições de 30 Anos de Ministério


Ao completar quase três décadas de ministério, trago algumas conclusões que moldaram minha caminhada e que servem para todo cristão:

  1. Apesar de nós: Todo trabalho realizado não aconteceu por causa de nós, mas apesar de nós.

  2. Privilégio: Deus não precisa de nós, mas nos concede o privilégio de servi-lo.

  3. Vivência: Mais do que conhecer doutrinas, precisamos experimentá-las. Tenho visto a graça e a providência de Deus na prática.

  4. Pessoas importam: No fim das contas, acima de estruturas ou projetos, o que importa são pessoas. Jesus veio salvar pessoas.


3. "Eis que nós deixamos tudo": O Jovem Rico vs. Pedro


Em Mateus 19, vemos o contraste entre o Jovem Rico e os discípulos. O jovem teve a motivação certa, procurou a pessoa certa (Jesus) e fez a pergunta certa ("O que farei para herdar a vida eterna?"). Porém, ele não estava disposto a pagar o preço. Ele ouviu o "segue-me", mas virou as costas.

Pedro, por outro lado, afirma no versículo 27: “Eis que nós tudo deixamos e te seguimos. Que será, pois, de nós?”

Seguir a Cristo tem um custo. O Evangelho não é popular e exige renúncia. Mas por que tomar essa decisão radical de deixar tudo?


A Lógica: Encontramos o "Tudo"


Se deixamos tudo, é porque encontramos Aquele que é o Tudo. Como nas parábolas do tesouro escondido e da pérola de grande valor (Mateus 13), quem entende o valor do Reino vende tudo o que tem para possuí-lo. O que tem preenchido seu coração e seus esforços?


A Consequência: Pouca coisa importa


Quando temos Cristo, nossas prioridades mudam. Lembramos de Marta e Maria. Marta estava inquieta com muitas coisas, mas Jesus disse: "Uma só coisa é necessária". Isso não significa desprezar a vida, mas entender que nossa "comida" é fazer a vontade de Deus. Sonhos, aspirações e desejos passam a ser norteados por Jesus.


O Resultado: A Recompensa


Pedro pergunta: "O que receberemos?". Jesus garante que ninguém que tenha deixado casa, família ou bens por amor ao Evangelho deixará de receber cem vezes mais, agora e na vida futura. O princípio bíblico é claro: ganha-se a vida perdendo-a por amor a Cristo.


Conclusão: Uma Vida Radical


O discipulado cristão cobra um estilo de vida radical. A palavra "radical" vem de "raiz". A raiz tem duas funções: sustentar a árvore e buscar alimento. Da mesma forma, nossa sustentação e nosso alimento devem vir exclusivamente de Cristo.

Deus tem na mais alta consideração aqueles que deixam tudo para segui-lo. Ele não olha a quantidade, mas o sacrifício. O jovem rico tinha muitas propriedades; Pedro tinha apenas um barco e redes. Mas, proporcionalmente, Pedro deixou tudo.

Assim como a viúva pobre que ofertou tudo o que tinha, Deus espera de nós não as sobras do nosso tempo, das nossas habilidades ou dos nossos bens. Ele espera a dedicação total, o holocausto completo, entregue com alegria.

Que possamos reafirmar nossa condição em Cristo Jesus, não sendo donos de nós mesmos, mas administradores das bênçãos para a glória Dele.

Oração: “Deus amado, que a nossa confissão de fé seja visível em nossas vidas. Que entendamos que não somos mais de nós mesmos. Opere em nós a graça para vivermos uma vida radicalmente centrada em Ti. Amém.”

Para refletir: O que você tem retido que precisa entregar ao Senhor hoje? Sua vida reflete a urgência da missão?

Este texto é um resumo da mensagem ministrada pelo Pr. José Eduardo em visita à IPNH assista o culto completo em nosso canal do Youtube ou no post completo.

 
 
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